quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O confronto.

Desporto a quanto obrigas!


O verão não foi fácil em certos pontos...

Dei de caras com uma realidade que há muito estava escondida nas profundezas do meu ser: Desportos e exercício físico por gosto e não por obrigação.

1º pensamento: "Por gosto??? Mas quem é que faz isso por gosto?" - Muita gente.
2º pensamento: "Mas porque é que eles parecem tão felizes a fazer aquilo?" - Porque o são, realmente.
3º pensamento: "Quem me dera poder fazer o que eles fazem" - E podes.

O primeiro confronto com esta "dura" realidade, deu-se quando toda a gente que me rodeava fazia desportos aquáticos com tanta facilidade que chegavam a meter-me inveja. Surf, Bodyboard, Windsurf, Kitesurf, e por aí fora.

Em Abril de 2013 comecei por experimentar o Stand Up Paddle, a convite de um amigo. Uma prancha gigante insuflável, um remo e equilíbrio. Não me pareceu assim tão difícil. No inicio só custou mesmo essa questão do equilíbrio. Depois foi um simples "deixar andar", a companhia e as risotas pelo meio que me fizeram gostar daquilo. A vista ajudou muito, tenho que ser sincera.

E foi com essa mesma vista que comecei a andar e a correr. Em Agosto, quando entrei de férias e fiquei com muito tempo livre, em vez de pegar no carro para ir ter com os amigos, ia a pé. Era uma caminhada de cerca de 4km. Para mim era muito! Mas, entusiasmei-me quando em vez de 1h15m, passei a fazer esse percurso em 50m, e dias depois em 40m. Esta era a prova que eu precisava para perceber que fazendo as coisas com esforço e motivação, podia tornar-se algo de bom e feito com prazer.

Foi também nessas férias que um amigo me convidou para experimentar andar num Katamaran. Sim, não é necessário um grande esforço físico, ainda mais quando se tem alguém connosco que mexe num bichinho daqueles com uma perna às costas... Mas adorei, era uma experiência nova, e só mostrava a mim mesma que estava disposta a experimentar mais e mais.

Primeira experiência com um Katamaran

Com plena consciência do corpo que tenho (embora muitas vezes ainda pense que sou magra), queria experimentar desportos que para mim não davam. Por exemplo: Seria um absurdo pensar que me iria conseguir meter em cima de uma prancha de surf com este corpo. Ou que seria capaz de fazer Wakeboard e mandar uns saltos, só porque os outros o faziam. Ou que faria um Canyoning com a mesma facilidade que os meus amigos. IMPOSSÍVEL, certo?

Errado.

Impossível é uma palavra que deixou de constar no meu vocabulário. Tudo graças ás pessoas que me rodeiam, que me tratam como se fosse um deles. E sou. Só AINDA não tenho a força de braços deles, AINDA não sou flexível como eles, AINDA não sou magra ou menos gorda, como eles.

AINDA... Porque para lá caminho. A passos de caracol, mas hei-de lá chegar.

É maravilhoso quando estamos rodeados de pessoas activas, que nos incentivam e que nos metem na cabeça que NADA é impossível. Até mesmo para mim.

Tive o prazer de fazer Wakeboard pela primeira vez. Foi uma experiência que deu cabo de mim, admito. Tanto a nível físico, como a nível psicológico.
Não foi fácil, porque é preciso uma tremenda força de braços para aguentar o peso do nosso corpo. E eu, por mais força que tenha nos braços, nunca seria suficiente para aguentar o peso do MEU corpo. Inicialmente tentei com uma prancha de Wakeboard, porque todos estavam a fazer com aquela. Mas... tentei, tentei, tentei, tentei mesmo muito e não conseguia deslizar na água. Comecei a ficar cansada, e com uma batalha interior que se debatia entre o "dá o braço a torcer, desiste" e o "tu és capaz. Tens que ser capaz".
Mas ali, não se tratava de força de vontade, percebi mais tarde. Simplesmente era DEMAIS para mim. E temos que saber admitir quando isso acontece.
Por sorte, tínhamos uma prancha grande dentro do barco, e embora um pouco relutante, aceitei a troca. E foi a melhor opção, pois só assim pude desfrutar daquele desporto maravilha.

Wakeboard na Lagoa

Quando um amigo me abordou em relação à prática de uma arte marcial, deu-me vontade de rir.
Sempre fui daquelas miúdas que gostava de experimentar de tudo um pouco, e lembro-me perfeitamente que uma arte marcial estava na minha lista. Ainda bem que não o fiz na altura, porque com a mania que eu tinha de que era a maior e que batia a "este e àquele", a coisa não ia dar certo.

Tudo a seu tempo, não é assim?

Agora, com 28 anos, ai de mim se ainda tivesse esses pensamentos...
Agora o meu foco é outro, e por isso respondi a esse amigo "E porque não?".

Penso que foi aí que se deu o real click na minha cabeça: Na primeira aula de Kempo.
Longe de mim pensar que iria gostar assim tanto daquilo. Gosto mesmo. E levo aquilo a sério.
Comecei por praticar 2 horas por semana. 1h à segunda-feira e 1h à quarta-feira.

Mas comecei a deparar-me com um problema. Sabia-me TÃO bem sair de lá cansada, que nos restantes dias queria fazer sempre mais alguma coisa.
Portanto, começou a dar-se uma mudança interior. Uma mudança no meu estilo de vida.
Em vez de sair do trabalho e ir sentar-me num café a beber cervejas e a fumar cigarros (calma! ainda o faço... só não o faço como fazia e não o faço todos os dias), passei a praticar exercício.

Sendo assim, passei a praticar 2h de Kempo às segundas, 1h Pilates/Ginástica de Manutenção às terças, 2h de Kempo às quartas e 1h de Zumba às quintas.

Passei de 8 a 80, é verdade. Mas sinto-me muito bem assim.

Esta ideia do blog surgiu para que eu possa partilhar com o mundo os meus pensamentos, duvidas, frustrações... Sim... Porque nem sempre é fácil. E a motivação ás vezes quer fugir...


2 comentários:

  1. E agora uma futebolada aos sábados e, quem sabe uma corrida comigo aos domingos (já a partir de dia 20) eheh :P

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