segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

No pain, No gain...

Os primeiros treinos de Kempo não foram fáceis para mim.
Mal conseguia correr, mal aguentava o aquecimento, não respirava bem, cansava-me muito rápido... Mas nunca desisti (não sei como).

Nas primeiras aulas dava uns passos a andar e outros a correr, quando o objectivo era correr sem parar. Mas para além de ter peso a mais para os meus joelhos e pés, também não tinha cardio nenhum para aguentar uma corrida. Ficava logo com a língua de fora.

Penso que o truque é: Não desistir e insistir.

Na 3ª semana de treinos, já conseguia correr sem ter a necessidade de andar. Ás vezes apetece-me, mas acho que isso já é o meu cérebro a querer mandar. E eu não deixo.
Flexões, abdominais, saltinhos aqui, sprints ali... aos poucos começaram a fazer parte da minha rotina, e embora me custe (porque é normal), dá-me prazer fazer tudo isso.

E Resultados?

Maus!! (A meu ver).

Ao fim de 2 meses de treinos a minha balança acusava mais 2kg. Disseram-me que seria um comportamento normal do corpo. Mas é frustrante demais, dar o tudo por tudo de mim e não ver os números da balança baixarem.

Em relação ao meu corpo, reparei em alguma mudanças. Não me sinto inchada, perdi um pouco de volume, sinto-me mais ágil e com mais energia.

Quando fiz 2 meses e uma semana de treino comecei a perder peso. Em uma semana perdi cerca de 3kg. Aí estavam os resultados que eu queria ver.
Números são números, mas eles mexem muito com o meu cérebro, e têm tanto poder sobre mim, que eles é que acabam por influenciar a minha motivação ou frustração.

Nesta última semana só perdi 400 gramas (sempre foi melhor do que ganhar), mas estou a fazer os possíveis para que esta semana corra melhor.


Outra coisa que comecei a fazer foi: Dar umas corridinhas ao fim-de-semana e andar de skate em vez de carro (ao fim do dia e à noite).

Primeira vez que andei de Skate (Long Board) - Praia de São Torpes



Lição desta semana:
A vida não tem que ser chata, e o exercício físico não tem que ser uma seca.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O confronto.

Desporto a quanto obrigas!


O verão não foi fácil em certos pontos...

Dei de caras com uma realidade que há muito estava escondida nas profundezas do meu ser: Desportos e exercício físico por gosto e não por obrigação.

1º pensamento: "Por gosto??? Mas quem é que faz isso por gosto?" - Muita gente.
2º pensamento: "Mas porque é que eles parecem tão felizes a fazer aquilo?" - Porque o são, realmente.
3º pensamento: "Quem me dera poder fazer o que eles fazem" - E podes.

O primeiro confronto com esta "dura" realidade, deu-se quando toda a gente que me rodeava fazia desportos aquáticos com tanta facilidade que chegavam a meter-me inveja. Surf, Bodyboard, Windsurf, Kitesurf, e por aí fora.

Em Abril de 2013 comecei por experimentar o Stand Up Paddle, a convite de um amigo. Uma prancha gigante insuflável, um remo e equilíbrio. Não me pareceu assim tão difícil. No inicio só custou mesmo essa questão do equilíbrio. Depois foi um simples "deixar andar", a companhia e as risotas pelo meio que me fizeram gostar daquilo. A vista ajudou muito, tenho que ser sincera.

E foi com essa mesma vista que comecei a andar e a correr. Em Agosto, quando entrei de férias e fiquei com muito tempo livre, em vez de pegar no carro para ir ter com os amigos, ia a pé. Era uma caminhada de cerca de 4km. Para mim era muito! Mas, entusiasmei-me quando em vez de 1h15m, passei a fazer esse percurso em 50m, e dias depois em 40m. Esta era a prova que eu precisava para perceber que fazendo as coisas com esforço e motivação, podia tornar-se algo de bom e feito com prazer.

Foi também nessas férias que um amigo me convidou para experimentar andar num Katamaran. Sim, não é necessário um grande esforço físico, ainda mais quando se tem alguém connosco que mexe num bichinho daqueles com uma perna às costas... Mas adorei, era uma experiência nova, e só mostrava a mim mesma que estava disposta a experimentar mais e mais.

Primeira experiência com um Katamaran

Com plena consciência do corpo que tenho (embora muitas vezes ainda pense que sou magra), queria experimentar desportos que para mim não davam. Por exemplo: Seria um absurdo pensar que me iria conseguir meter em cima de uma prancha de surf com este corpo. Ou que seria capaz de fazer Wakeboard e mandar uns saltos, só porque os outros o faziam. Ou que faria um Canyoning com a mesma facilidade que os meus amigos. IMPOSSÍVEL, certo?

Errado.

Impossível é uma palavra que deixou de constar no meu vocabulário. Tudo graças ás pessoas que me rodeiam, que me tratam como se fosse um deles. E sou. Só AINDA não tenho a força de braços deles, AINDA não sou flexível como eles, AINDA não sou magra ou menos gorda, como eles.

AINDA... Porque para lá caminho. A passos de caracol, mas hei-de lá chegar.

É maravilhoso quando estamos rodeados de pessoas activas, que nos incentivam e que nos metem na cabeça que NADA é impossível. Até mesmo para mim.

Tive o prazer de fazer Wakeboard pela primeira vez. Foi uma experiência que deu cabo de mim, admito. Tanto a nível físico, como a nível psicológico.
Não foi fácil, porque é preciso uma tremenda força de braços para aguentar o peso do nosso corpo. E eu, por mais força que tenha nos braços, nunca seria suficiente para aguentar o peso do MEU corpo. Inicialmente tentei com uma prancha de Wakeboard, porque todos estavam a fazer com aquela. Mas... tentei, tentei, tentei, tentei mesmo muito e não conseguia deslizar na água. Comecei a ficar cansada, e com uma batalha interior que se debatia entre o "dá o braço a torcer, desiste" e o "tu és capaz. Tens que ser capaz".
Mas ali, não se tratava de força de vontade, percebi mais tarde. Simplesmente era DEMAIS para mim. E temos que saber admitir quando isso acontece.
Por sorte, tínhamos uma prancha grande dentro do barco, e embora um pouco relutante, aceitei a troca. E foi a melhor opção, pois só assim pude desfrutar daquele desporto maravilha.

Wakeboard na Lagoa

Quando um amigo me abordou em relação à prática de uma arte marcial, deu-me vontade de rir.
Sempre fui daquelas miúdas que gostava de experimentar de tudo um pouco, e lembro-me perfeitamente que uma arte marcial estava na minha lista. Ainda bem que não o fiz na altura, porque com a mania que eu tinha de que era a maior e que batia a "este e àquele", a coisa não ia dar certo.

Tudo a seu tempo, não é assim?

Agora, com 28 anos, ai de mim se ainda tivesse esses pensamentos...
Agora o meu foco é outro, e por isso respondi a esse amigo "E porque não?".

Penso que foi aí que se deu o real click na minha cabeça: Na primeira aula de Kempo.
Longe de mim pensar que iria gostar assim tanto daquilo. Gosto mesmo. E levo aquilo a sério.
Comecei por praticar 2 horas por semana. 1h à segunda-feira e 1h à quarta-feira.

Mas comecei a deparar-me com um problema. Sabia-me TÃO bem sair de lá cansada, que nos restantes dias queria fazer sempre mais alguma coisa.
Portanto, começou a dar-se uma mudança interior. Uma mudança no meu estilo de vida.
Em vez de sair do trabalho e ir sentar-me num café a beber cervejas e a fumar cigarros (calma! ainda o faço... só não o faço como fazia e não o faço todos os dias), passei a praticar exercício.

Sendo assim, passei a praticar 2h de Kempo às segundas, 1h Pilates/Ginástica de Manutenção às terças, 2h de Kempo às quartas e 1h de Zumba às quintas.

Passei de 8 a 80, é verdade. Mas sinto-me muito bem assim.

Esta ideia do blog surgiu para que eu possa partilhar com o mundo os meus pensamentos, duvidas, frustrações... Sim... Porque nem sempre é fácil. E a motivação ás vezes quer fugir...


quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

A new beginning!

Olá a todos!

Nunca fiz um blog... Mas sempre quis fazer...
Nunca tive um bom tema... Mas agora tenho!

Então... Este blog será uma espécie de diário da minha luta por uma vida melhor.

Quem nunca tentou fazer dietas? 
Quem nunca tentou perder peso da maneira mais fácil? 
Deu certo? Claro que não... 
Finalmente consegui perceber, que se quero emagrecer, esse não poderá ser o meu único objectivo. E não o posso fazer só porque sim.




Sou obesa. Sim, sou! Mas nem sempre o fui... Já fui uma boa atleta. Experimentei muitos desportos, mas destaquei-me na natação e na ginástica. Sempre fui magra, com músculos definidos por causa dos desportos que praticava. No entanto, as mudanças e andanças na minha vida fizeram com que eu os deixasse de praticar. Hoje tenho saudades. 

E quando fiz 19 anos e fui obrigada a levar com injecções que continham cortisona, por causa das alergias, as coisas começaram realmente a ficar más. Engordei mais de 20kg no primeiro ano. E no seguinte devo ter engordado mais 10kg... E agora, que tenho 28 anos, já devo ter engordado mais 10kg... Não, não foi só por causa da cortisona. Essa só é culpada do primeiro ano e meio. A culpa dos restantes anos, é somente minha. Que baixei os braços, que não quis saber, que não tinha noção do que me estava a acontecer e que achava que o facto de eu desistir de mim não me iria afectar. 

Mas afectou.

Tenho agora entre mãos a mais importante das lutas. A luta por uma vida mais saudável, por uma mudança drástica no meu estilo de vida.